sábado, 11 de abril de 2009

Rumo à formatura: Primeira rifa foi um sucesso.

Comprovando nossa transparência em todo o processo, postamos as fotos do sorteio da rifa, que aconteceu neste dia 09 de Abril, com a presença dos professores - e auditores - Paulo Vagner, e Ana Paula. A ganhadora da cesta de páscoa foi Tatiane Lima.

Confiram as fotos:











domingo, 5 de abril de 2009

O PENSAMENTO DE ADAM SMITH

Priscila Saito*

“É a grande multiplicação das produções de todos os diversos
ofícios— multiplicação essa decorrente da divisão do trabalho —
que gera, em uma sociedade bem dirigida, aquela riqueza universal
quese estende até as camadas mais baixas do povo”
(Adam Smith)

Foi em “Riquezas nas Nações” , publicada em 1776,que Adam Smith enfatiza a justificativa para o livre mercado e a dura crítica à intervenção do Estado sobre a Economia (economias planejadas atrapalham o crescimento); pode-se considerar essa obra como a origem do estudo da Economia.Para Smith, a produção é a fonte geradora de valor. O aumento da produtividade do trabalho depende de sua divisão. É na produção que se agrega valores aos produtos, gerando uma reciprocidade entre a divisão do trabalho com o mercado, pois com o aumento na oferta de produtos, gera-se o aumento da demanda, que conseqüentemente gera a nova necessidade de maior divisão do trabalho.Mas para compreendermos melhor esse pensamento de Smith, necessitamos analisar a situação do sistema capitalista durante o período que Smith viveu.

Entre o século XVI até os primórdios do Capitalismo Industrial (1780), o sistema capitalista foi conhecido como “Capitalismo Manufatureiro”, onde a base técnica utilizada era a produção manual, e como esta não ocorria em grande escala, o foco para a obtenção de capital era o comércio, com grande ênfase nas exportações, caracterizada por uma balança comercial favorável.Tendo esse cenário econômico, Smith faz de sua obra um libelo contra todo o intervencionismo Estatal na Economia, argumentando em favor da livre iniciativa, tornando-se um representante do auge do Capitalismo Manufatureiro.Para ele, o capital é o valor que cresce e se multiplica, onde o valor agregado do produto se faz na sua produção.

Ele justifica esse conceito através da divisão do trabalho na produção, que esta faz com que a produtividade aumenta por três motivos:

1- O operário, ao ter seu trabalho dividido, irá se dedicar apenas a uma tarefa específica, e conseqüentemente a fará mais especializada e aperfeiçoada;

2- O ganho do fator tempo, pois cada operário fará apenas uma tarefa, sem o desperdício de tempo na troca de ferramentas ou de local de trabalho (tempo morto) na produção e;

3- A maior probabilidade do operário em adquirir e descobrir as facilidades e a rapidez nos modos de produção, cada qual com seu método, visando toda sua atenção para essa exclusiva tarefa.A divisão do trabalho, segundo Smith, gera muito mais produtividade.

Com as reduções do custo e na eficiência na produção, essa cada vez mais rápida, gera maior quantidade de mercadorias. Isso também gerou a redução salarial dos operários, que antes, este necessitava um amplo conhecimento na produção (pois executava várias tarefas), mas com a divisão do trabalho, ele só precisava ser qualificado em sua tarefa, ajustando seu salário proporcionalmente ao seu conhecimento.

Essa divisão, além de mais produtos ofertados e uma considerável redução nos custos, gera também maior poder de competitividade no mercado, tornando uma relação mútua : com a expansão do mercado, a produção se eleva, os produtos se tornam mais baratos, conseqüentemente gera um aumento na demanda. Com esse aumento, é estimulada nas indústrias manufatureiras o aumento da divisão na produção e sua eficiência, com o propósito de maiores lucros e melhores posições no mercado, ou seja, é um ciclo constante dessa relação recíproca.Com as reduções dos preços, a população é beneficiada, mas isso é apenas um reflexo da luta pela expansão mercantil, pois o objetivo do pensamento de Smith é de pleno interesse da classe industrial.

As noções de salários no pensamento de Smith são dadas da seguinte maneira: A produção diária é equivalente à soma do salário do trabalhador mais o lucro do empresário.Por exemplo, em 12 horas de trabalho, são produzidos X produtos. Dessas 12 horas, 8 são destinadas ao pagamento dos operários (é a manutenção da capacidade de produção), onde é dada condição do trabalhador trabalhar; as outras 4 horas são referentes ao lucro do empresário.A justificativa que Smith faz aos lucros é que, o dono do bem de capital tem direito sobre eles, o qual proporcionou a produção e foi o empresário que se arriscou, pois poderia não haver lucros. E também seria uma forma de remuneração devido a sua participação na empresa como coordenador e planejador da produção, estando assim em um nível mais alto em relação aos operários.

E foi assim que Smith justifica a fonte de valor: não é o comércio, pois este é apenas uma transição entre o consumidor e o produtor; o que realmente gera valor e capital é a produção e seus efeitos na economia.
______________________________________________________________________*Acadêmica do 5SA do curso de Economia. Trabalho realizado sob a orientação do Prof. Fábio San para a disciplina de História do Pensamento Econômico no ano de 2008.

- Cada artigo é de responsabilidade dos autores e as idéias nele inseridos, não necessariamente, refletem o pensamento do curso.

# O objetivo deste espaço é mostrar a importância da formação do economista na sociedade.#