sábado, 7 de março de 2009

Apresentando a Economia.


Walcir Junior *


Posso seguramente afirmar que pelo menos 70% das pessoas que descobrem que faço Economia, e que conheçam 50% de minha personalidade, acham estranho e sem relação alguma, cursar economia, alguém apaixonado pelos livros e pela música.

Ledo engano.

Economia foi uma área que me interessou muito pela abrangência do curso – no início, e durante ainda mais -, uma área em que a gente aprende a ter uma visão completa do mundo, e não aquela perspectiva limitada, que não nos permite enxergar os dois lados da moeda. Economia é um curso com um embasamento teórico muito profundo, e que com certeza, possui enésimas ramificações para explorar, daí o recurso da abstração.

ECONOMIA + MÚSICA = Hã?

Para escrever músicas, preciso abstrair e pensar de várias formas sobre um mesmo assunto, refleti-lo de pontos de vista diversos, usar metáforas, construir relações, e economia tem sido uma grande prova de ser um curso que ajudar a PENSAR, ORGANIZAR e ter, GRANDES IDÉIAS: esse é o primeiro sentido. Outro lado ainda mais profundo, porque concerne à maioria – senão todas – as pessoas, é o quanto a economia interfere na vida do cidadão comum. A linguagem das estatísticas, probabilidades, é algo muito presente nos jornais e nos diversos meios. Passamos a vida toda tomando decisões – a universidade, o carro novo, a casa, para citar apenas os grandes -, e que decidimos com base em dados. Dados? Pois é, apenas decidimos por algo quando a CONJUNTURA está favorável, e as EXPECTATIVAS – opa, aqui uma palavra chave de nosso grande Keynes – estão positivas. Ainda nas escolhas dos cidadãos – todos nós – acho que ninguém escapa do dinheiro: qualquer coisa que se faça, envolve o financeiro, querendo ou não. Uma criança quando nasce, já tem um mercado inteiro voltado ao seu bem-estar, desde o mercado de chupetas aos planos de saúde. Crescemos analisando, desde quando pensamos sobre como gastar nosso dinheiro de maneira a render mais, até quando optamos por guardar, para comprar algum objeto de desejo. Quando fazemos uma simples pesquisa de preços, realizamos uma COTAÇÂO de valores. As fases da economia refletem a vida de qualquer ser-humano, os chamados momentos de prosperidade, e os momentos de crise, essenciais e naturais para qualquer processo de crescimento.

Ainda temos o argumento de que o mundo é, sem dúvida, comandado por grandes economistas. Existem grandes exemplos mesmo dentro de nosso país: Fernando Henrique Cardoso, Delfim Netto, José Serra. Provando a complexidade e abrangência, outros grandes nomes, como Mick Jagger, líder dos Rolling Stones, Bernardindo, treinador de vôlei, além de diversos ganhadores do “Prêmio Nobel”. Tudo está ligado à economia, e eu já me vi incapaz de conseguir pensar em algo que não a envolva. Infelizmente, apenas os momentos como os que estamos vivendo atualmente, as crises, é que os economistas aparecem na mídia, e as pessoas, muitas talentosas o bastante para ingressar na carreira e fazer coisas maravilhosas, acabam não chegando ao conhecimento do que o curso pode lhes conferir. Por isso, se você faz economia, conhece economia, divulgue, conte para seus amigos, para que daqui há alguns anos, o mundo seja comandado por mais cabeças pensantes, e muitas tomadoras das decisões que farão toda a diferença nas nossas vidas. Essa talvez seja a primeira ambição desse aluno aspirante a economista: aprender e indicar o caminho, para quem quiser passar por ele.

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*W. Junior, 21 anos, estudante do 5º período de Ciências Econômicas – Faculdades Integradas Santa Cruz.

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